quarta-feira, 6 de junho de 2012

Arqueólogos na Bulgária descobrem esqueletos de 'vampiros'

Análise mostrou que havia perfuração de barras de ferro no peito de cada  indivíduo

Arqueólogos na Bulgária encontraram dois esqueletos datados da era medieval cujos peitos foram perfurados com barras de ferro para impedir que os mortos supostamente se transformassem em vampiros.

A descoberta, segundo historiadores, ilustra uma prática pagã, comum em algumas aldeias búlgaras até um século atrás.

Pessoas consideradas más tinham seus corações esfaqueados após a morte, devido a temores de que eles regressariam ao mundo dos vivos para sorver o sangue de humanos
 
Arqueólogos encontraram pedaço de ferro ao lado esqueleto da Idade Média%2C no sítio arqueológico na Bulgária
 
Descobertas arqueológicas semelhantes também foram feitas em outros países dos Bálcãs.

'Cemitérios de vampiros'A Bulgária abriga cerca de cem áreas que serviram como locais em que pessoas tidas como vampiros foram enterradas.

Os pesquisadores encontraram os dois esqueletos, datados da Idade Média, na cidade de Sozopol, no Mar Negro.

"Estes esqueletos atravessados com barras de ferro ilustram uma prática comum em alguns vilarejos búlgaros até a primeira década do século 20'', explicou Bozhidar Dimitrov, que comanda o Museu de História Natural da capital búlgara, Sofia.

De acordo com o historiador, as pessoas acreditavam que as barras de ferro manteriam os mortos presos às suas covas de modo a impedir que elas as deixassem à meia-noite para atormentar os vivos.

RitualO arqueólogo Petar Balabanov, que descobriu em 2004 seis esqueletos atravessados por ''barras antivampiro'' na cidade de Debelt, no leste da Bulgária, afirmou que o ritual pagão foi também praticado na Sérvia e em outros países balcânicos.

Lendas ligadas a vampiros formam uma parte importante do folclore da região. A mais famosa é a que envolve o conde romeno Vlad, o Empalador, conhecido como Drácula, que empalava suas vítimas na guerra e bebia seu sangue.

O mito inspirou o lendário romance gótico de Bram Stocker, Drácula, publicado em 1897, e, desde então já inspirou uma série de adaptações para o cinema.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

O Sangue de Medusa


A cabeça de Medusa, mesmo depois de arrancada por Perseu, ainda transformava em pedra quem a olhasse.
Do sangue que jorrava de seu corpo morto, nasceu Pégasus, o cavalo alado.
A força não é um dom, e sim um exercício de obstinação. Uma derrota poder ser apenas o começo.  A vitória de Perseu, que presenteou Diana, a Deusa, com a cabeça da górgona, fez de Medusa um exemplo do bem que vem do mal.
Uma pequena amostra da capacidade que temos em transformar nossa dor em crescimento, morte em vida. Somos capazes de transcender limites inimagináveis, com a energia que produzimos dentro de nós. Capazes de transformar em pedra quem nos teme e odeia, e mesmo sendo vitima de um destino cruel, deixar brotar algo tão sublime.

O poema Sangue de Medusa
 

Dos olhos tristes
que transformam em pedra,
espelham o coração
também transformado em pedra.

Que mulher nunca quis
ser outra?
Por achar que o que
jorrava de suas frestas
não a ajudavam a ser honesta?

Não é como lúcifer
que quis ser luz ou Deus,
mas por proteção
e bem querer demais ao seus.

Na caverna fria
Medusa espera a espada
que virá das mãos do herói
que mata em nome dos deuses
dando a cabeça como um troféu
a um deles que a usará para
matar mais mil vezes.

E o poder que antes era maldito,
nas mãos de alguém do Olimpo
passa a ser uma vitória sobre o mal,
trunfo bonito.

O corpo cai,
o sangue jorra
e a (sobre) vida de Medusa se esvai.

E do líquido que escorre
do que restou da cabeça, do corte
nasce Pégasus, o cavalo alado
que mesmo vindo iluminado
fruto tão belo, nascido sem pecado
jamais limpará o nome
da criatura cercada de pedras
por todos os lados.

(Isto seria para um livro que provavelmente jamais será publicado. Escrito em 10/05/2004)